Foi num destes momentos de pura solidão oblíqua que entrei no facebook, uma vã tentativa de reencontrar os amigos perdidos no tempo e nas distâncias desta vida.
Fui clicando aqui e ali, meio aleatoriamente os nomes que me vinham à cabeça, curiosidade que mata, namoradas de outrora, paixões antigas, coisas de um passado tão longinqüo, que todavia vivem pedacinho por pedacinho dentro de mim. Gente da família, sobrinhos que nem sabia que existiam, amigos dos amigos dos sobrinhos foram também aparecendo automaticamente na minha tela. Cada qual com o seu perfil e suas respectivas fotos. Alguns vídeos de gente conhecida e desconhecida. Eu vi o Caetano, a Paulinha do Kid Abelha, meu velho amigo Cansado cantando um sambinha paulistano. Os minutos foram se passando sem que me desse conta do tempo e do espaço. Uma coisa muito esquisita porém poderosa essa tal de internet. Entrei numas, criei coragem e acabei digitalmente pedindo minhas desculpas à Gi, que hoje mora em Sampa, por uma cagada que eu fiz há quase trinta anos. Legal, ela no outro dia mesmo me mandou um email aceitando, disse que "éramos jovens", que " o primeiro amor a gente nunca esquece". Há milhares de km fiquei contente por ter aliviado o meu coração, pois a vida vai passando e não tem backup, o negócio é de vez em quando dar uma olhadinha bem lá prá trás, todavia seguindo sempre em frente, sem ensaio nem nada, improvisando dentro da gente as coisas boas acontecidas e as que se Deus quiser ainda vão acontecer...
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