vrijdag 1 april 2011

Lembrando da Euta

Outro dia eu li um texto de um rapaz falando sobre as diferenças entre o chato, o chato de galocha, o pentelho, o mala, até o xarope, do qual eu não ouvia mais falar dele já fazia tempo entrou na conversa. Na hora eu não tive a chance de comentar, e agora infelizmente não me lembro mais do título ou quem o escreveu. Mas o texto era bom.
Fiquei aqui meio escondido, mas com "saudades" pensando nos grandes chatos desta minha vida. Quem será que foi o campeão? Na hora me veio à cabeça o grande Fioca e uma japonezinha feia de morrer que alguém apelidou de Euta (a Eutanasia). Se aqueles dois tivessem dado as mãos, teriam conquistado o mundo inteiro. Suas chatices eram sem tamanho, sem limites, extrapolavam qualquer chatômetro ainda não inventado.
O Fioca queria porque queria namorar ou comer a minha irmã, coitada. Ele aparecia lá em casa todo santo domingo com flores, bombons sonhos de valsa, e ai meu Deus como era difícil se livrar dele. Um dia falou prá mim que estava economizando papel higiênico prá quando fosse se casar. Ele era meio louco, e muito mas muitíssimo chato. A gente vivia se escondendo dele, mas o bicho sempre nos encontrava, nos locais e situações mais impossíveis e inesperadas. Escrevia poesia, mas era ruim demais, publicava os livrinhos dele e depois rumava pro calçadão da minha cidade, prá vender os versos dele pros coitados dos transeuntes apressados, conhecidos e desconhecidos. Eu falava milhões de vezes prá ele que o meu nome era Miguel mas ele teimava em me chamar de Manoel.
Deu trabalho, e não sei como a minha irmã se livrou daquela praga, mas a coitada acabou se casando com um outro quase tão chato, aliás prá falar a verdade, um banana, que resolveu trocá-la por uma mocinha mais nova, deixando os três filhos adolescentes prá trás. Não sei se foi coicidência, mas ela ficou tão triste, mas tão triste que acabou pegando uma doença, deu-lhe um tumor na cabeça e morreu aos cinquenta anos. Eu tenho saudades da minha irmã.
Agora do grande Fioca e da Euta ! Ela foi a primeiríssima, a grande campeã. Vai ser chata assim lá na casa do chapéu. O japonesa chata. Não me lembro mais o nome dela, mas era mala, chata, carrapata.
Um dia fui visitar a minha outra irmã rica em São Paulo e resolvi dar uma chegada lá naquele centro cultural que ficava ali no finalzinho da Paulista. Alguém me disse que lá tinha todas as partituras dos choros do Pixinguinha e dava prá copiar tudo na hora. Eu gosto muito de chorinho, e até hoje ainda tento em vão tocar o velho Pixinga.
Estou lá na minha, no anonimato de minhas cópias quando de repente ouço um "Hello!!?!" meio suspeito. Estava na capital, milhões de almas rodando sozinhas por ali naquela hora. Nem dei bola. Até o momento em que senti um cutucãozinho no meu ombro direito, dei uma virada assustado, e lá estava ela, em carne e osso, a Euta, toda feliz da vida por me "encontrar" no meio daquela multidão.
Estava uma vez falando de chatos, jogando conversa fora e contando isso prá uma amiga, a qual na verdade eu queria era dar uns malhos, quando a moça de repente me fez parar no meio do papo e falou: "Pelo amor de Deus, é a Euta, essa japonesa não, ela é muito chata!!".
E depois seguiu em frente com a versão dela: "Pois é, eu tinha saído prá visitar uma amiga, que morava numa chácara ali no final da Avenida Higienópolis, e tinha um pé de jaca carregado, não é que o velho pai dela me cisma de dar uma jacona prá eu levar prá casa. Tentei me esquivar, fiz de tudo, mas ele forçou tanto a barra que tive que levar aquele fruto enorme embrulhado num jornal.
Estava fazendo um sol infernal e pensei em jogar o raio da jaca no lixo, ou em algum terreno baldio, mas depois fiquei com remorso, o velho tinha feito tanta questão. Era domingo, e prá cortar caminho resolvi subir a Higienópolis, que naquela época era a rua dos "boyzinhos", das cocotinhas, dos bares lotados e das motocicletas. De óculos escuros atravessei a calçada e fui andando o mais rápido que podia, quando de súbito alguém me pegou pelo braço. "Hello, o que cê tá levando escondido embrulhadinho aí?" Era a Euta, tentei disfarçar prá não passar vexame. Ela não se deu por vencida e gritou bem alto prá todo mundo ouvir: "Quer apostar, é uma jaca, olha é uma jaca, gente! Ela tá levando uma jaca embrulhada aí nesse jornal!!"

1 opmerking:

  1. Grande Joe! Que alegria poder tomar contato novamente com você aqui, rapaz! Mas eu não sou tão chato, hein? Hahahahaha! Rapaz, acho que aquele chato que dá nas partes íntimas da gente foi nomeado assim em homenagem a esse tipo de gente, não? Ou o contrário? hahahaha! De qualquer forma ambos dão um trabalhão. Abração, meu amigo. Vou ter o prazer de ser o seu primeiro seguidor aqui . Paz e bem.

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