woensdag 10 oktober 2012

Mais uma despedida de alguém na minha vida

Falar do que, quando já se falou de quase tudo. Tocar qual canção, quando todos os sons nesta tua ausência desapareceram como que prá sempre? Ficou dentro de mim esta inércia esquisita, este nó cego no fundo do peito, esta dor que eu já conheço há séculos muito bem, todavia sorrateira andava em algum canto escondida. Mas você partiu prá sempre, escolheu a sua hora e a sua vez de partir. A mim me resta lhe perdoar meu amigo, esta Terra lhe foi muito breve, que o bom Deus também lhe perdoe hoje eu sei que a sua dor deve ter sido milhões de vezes mais forte que esta minha por lhe perder. Mark, eu nunca mais vou lhe esquecer, meu filho. Meus violões emudeceram, tão estáticos quanto eu me esperam pendurados nas paredes aqui desta sala vazia sem saber o que fazer. Confesso que também não sei o que fazer, sou apenas desespero, converso, tomo café, choro, tento aqui neste momento escrever os meus silêncios...

dinsdag 9 oktober 2012

Coraçao apertado e braços abertos

Eu nunca fui, nem sou e acho que nunca o serei, tenho apenas a impressão que apenas passo a minha vidinha dando "umas de". Já trabalhei em banco sem ter sido bancário, fiz uma faculdade inteira de engenharia agrônomica sem nunca ter sido agrônomo de verdade. Andei por aí escrevendo poesia sem sequer ser poeta, namorando meio mundo sem todavia me enamorar com ninguém. Meu violão me acompanha nas minhas tragédias, encontros e despedidas, mas nunca fui violonista, apenas arranho minhas notas. O saxofone me encanta e ao mesmo tempo me desencanta. Páginas em branco me atraem e depois me repelem. Comemoro os meus gols depois chuto minhas bolas pro mato. Detesto campeonatos. Quisera ser isento mas a vida me faz pagar os impostos em forma de tristezas que sinto dentro do peito e acho que sempre vou sentir. Neste fim de semana meu melhor amigo e companheiro resolveu por um fim em sua vida. Trinta anos, meu Deus, completara o Mark. Era um filho, um irmão, um artista em sua forma mais linda e pura. Enquanto viver nunca mais vou me esquecer desse menino. Mãe, Cris, tia Mariquinha, mortos da minha vida, nunca pedi nada a vocês mas agora vou pedir, por favor se puderem aí em cima conversem com ele, recebam este garoto com os braços abertos e cuidem dele por mim.