dinsdag 23 februari 2016

Achei o meu blog!

Passaram-se anos desde a última vez que estive aqui frente a frente comigo mesmo em mais uma página em branco, achei até que tivesse perdido este meu blog prá sempre. Todavia, os buracos negros das galáxias internéticas são quase tão misteriosos quanto a própria vida.
A minha mudou muito nestes últimos tempos. Na verdade tudo mudou, as paisagens da janela agora são araucarias esverdeadas e edifícios recém nascidos tal qual enormes robôs de concreto e vidro por debaixo das núvens curitibanas.
Elas não perdem em nadinha para as nuvens da minha querida Holanda, tão densas, carregadas, hora quase inertes outras rasgando os céus como violentos tufões de algodão doce. Eu adoro um dia ensolarado, mas nada como uma tarde nublada prá trazer a gente prá perto de si.
Pelas janelas do Mussunguê meus olhos se perdem e só se acham em você...
As montanhas se na distância me turvam lá pela serra do mar.
Serra do amar, o amor da gente é uma cordilheira, assim como o ódio uma armadilha sorrateira,
a ilusão simples distracão passageira.
Vou escalando as encostas de mim mesmo, as sombras de um passado recente, feliz nas asas do presente envolvente, corpo de mulher amada, perfume, sedas, doces veredas, alamedas da capital...