donderdag 17 juli 2014

Copas do mundo do passado e presente

Fiquei vermelho de vergonha, confesso que quase chorei. Minutos antes do jogo contra a Alemanha meus filhos tiraram uma foto minha deitadao no sofa embrulhado na bandeira verde e amarela servindo de cobertor. Deixei me levar pelo velho orgulho patrio que como a cansada esperanca e o ultimo que vai morrer, e num subito momento de alegria virtual colei no meu perfil do facebook, com uma vontade imensa de estar ai junto de meus irmaos, amigos do passado, enfim de todo esse povo brasileiro maravilhoso do qual numca me esqueci. Nao sei porque isso sempre acontece comigo, sempre que fico empolgado com alguma coisa e me deixo levar nas ondas tsunamicas deste orgulho levo na cabeca. Num passou dois minutos e levamos o primeiro gol. Ate ai tudo bem, pois quem ri por ultimo ri melhor, traduzi do holandes para o bom idioma que meus filhos pouco entendem. Na mesma semana, levado tambem pela onda da copa, infinitas imagem de Fortaleza, Copacaba, do Cristo, muito samba e gente feliz, coisas que passavam diariamente nos jornais, resolvi ensinar algumas palavras a eles. Por onde passo pela cozinha, corredor, sala, ate no banheiro vou colando desses papeizinhos amarelos de deixar mensagem com frases em portugues, palavras soltas, ditados, etc. Fiz isso pra melhorar o vocabulario minusculo que andaram pegando de ouvido, aqui e ali, sem estudar as partituras. Nao sei se e coisa de moleque mas so falam besteirol, ainda por cima errado e com sotaque muito forte. Mas tudo bem, aprenderam o que e espelho, escada, toalha, panela, torneira, papel higienico, emfim coisas importantes e do quotidiano da gente. No segundo gol comecei a ficar emio cabreiro, os sms no celular deles comecaram a chover sem parar, amigos e amigas tirando um sarro em cima. Depois do terceiro gol, com os David Luis ja quase chorando no meio da zaga, o Filipao meio barrigudo como um espantalho do lado do campo, as imagens das mocinhas todas pintadas de verde e amarelo chorando, todo mundo de boca aberta, a cara de filho da puta do Muller, foi me dando um no no peito, e aquela certeza triste que nao teria mais jeito e seria de goleada. Quando terminou o primeiro tempo corri pro computador e abri o facebook para tirar a tal foto de mim mesmo com cara de bobo, mas infelizmente era tarde demais, os comentarios chegavam sem parar, havia sido compartilhado pela familia e amigos, cortado e colado em outras paginas, compartilhado assim meu orgulho carente e minha tristeza ambundante e dormente... Aqui do outro lado do mundo ja era quase meia-noite, depois do quinto gol mal torcedor que sempre fui, deixei o navio em chamas naufragando no meio do oceano e fui dormir chateado. Um de meus filhos, um pouco por pena de mim ainda me deu um "boa noito"...