vrijdag 12 december 2014

Meio natalício

Talvez seja por causa do Natal que está chegando, não sei, mas eu já tinha quase me esquecido dele,  o  velho e surrado "gingle bells",  que apareceu de repente e deu de tocar o dia inteiro sem parar nos comerciais de tv. Se tem uma melodia que gruda na cabeca da gente é essa do " gingle bells".
Mas o espírito natalino até que é legal, a gente comeca a pensar nos parentes, na família, nos amigos, dar valor às coisas e pessoas que passaram quase despercebidas o ano inteiro.
Fico meio estonteado, quase pasmo, embora tente participar dessa modernidade toda ao alcance de minhas mãos, dos meus olhos, as fotos da Dilma, do Lula, os vídeos do youtube que todo mundo agora teima em postar no facebook,  pegadinhas,  labcriativo, milhões de bobagens, fatos e fotos  indo e vindo sem parar num turbilhão de idéias quase prontas que vão preenchendo, esvaziando, torcendo, repuxando, temperando e dando  quase em vão, seus sabores e dissabores à nossa sedentària existência cotidiana.
E agora o fim de ano se aproxima, Dio Mio. As postagens eleitorais vão diminuindo paulatinamente e dando lugar àquelas meio religiosas mais tradicionais. O velho barbudo (não o Lula) já pintou no pedaco, de roupa vermelha e sacos nas costas. Aqui na Holanda o Sinterklaas agitou bastante em dezembro e foi-se embora prá Espanha com seu barco.
Depois da euforia o povo fica sempre a ver navios. Porém, esse otimismo de fim de ano levanta um pouco no meu ver,  a energia, o astral deste nosso planeta de astral tão baixo ultimamente.
Não sei porque nessa época fico meio triste, melancólico, não é a falta dos que se foram, pois quando não tinham ido ainda era a mesma coisa, desde menino queria me esconder em algum canto, enquanto todo mundo festejava e soltava seus rojões assustando os pobres cachorros e gatos, e se atolavam de comida pesada, perus, castanhas, champanhe, eu gostava era de jejuar sozinho e pensar.
Confesso que só o cheiro de um bom panetone daqueles que a tia Mariquinha fazia lá em Londrina me traziam logo de volta de meus devaneios meditativos juvenis.
Saudades dela, tomar um cafezinho com pão francês quentinho que o Toniquinho ia buscar à pé lá no Fuganti, são  dessas coisas simples da memória da gente que não tem preco, dinheiro nenhum nesse mundo pode comprar...


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